Olá! Hoje, traremos aqui mais uma matéria relacionada à cultura geek: a entrevista com a cosplayer goiana Graziela Maria. Anteriormente, já havíamos publicado no Antes do Ponto Final matérias relacionadas, como a matéria sobre a Cultura Geek em Goiânia, Goiás e a entrevista com a Valquíria Vital. Ampliando mais sobre a temática, venham conhecer uma cosplayer maravilhosa do estado de Goiás e não deixem de segui-la em seu Instagram: @_grazycosta_
1.Como você descobriu o meio cosplay? Há quanto tempo você faz cosplay?
Resposta: Através de uma amiga na época em 2012 que me contou sobre eventos geeks e de pessoas que iam vestidas como personagens de animes e filmes (na época eu ainda não sabia sobre o termo cosplay), quando comecei a procurar na internet encontrei sites que falavam sobre essa representação artística de personagens, e ai eu fui lendo cada vez mais sobre, vendo fotos e me apaixonei ao ponto de me arriscar a fazer cosplay também.
Eu faço cosplay a 6 anos, porém não foram muitos, ao longo desses anos fiz em torno de 3 cosplays completos e que eu amo, já repeti e pretendo melhora-los para usar novamente, ou até mesmo fazer diferentes versões.
2. Qual é a sua maior conquista no meio cosplay?
Resposta: Minha maior conquista é o fato de conseguir fazer cosplay das personagens que amo e admiro, poder fazer do jeito que fica mais confortável para mim e me divertir com o cosplay e as pessoas que reconhecem e vão aos eventos. Nunca participei de competições, então para mim as conquistas são mais o reconhecimento de ter feito algo legal e que as pessoas gostem ao ver e que eu me sinta bem.
3. Você gostaria de ser mais famosa no meio cosplay? Por que?
Resposta: Acho que famosa, famosa mesmo no sentindo de glamour não, mas gostaria de ser representativa o suficiente para que outras pessoas que, por exemplo, como eu sejam pessoas com deficiência e que queiram fazer cosplay façam e não se sintam limitadas como eu mesma me senti com pensamentos meus que não deveria fazer cosplay, pois eu achava que não seria “válido”, pelo o contrário, todos tem a liberdade e devem representar suas personagens favoritas através do cosplay se assim quiserem. Nesse sentido gostaria de levar essa representatividade a um alcance maior.
4. O que é a Cultura Geek?
Resposta: Na minha concepção a Cultura Geek é algo que pode abranger a todos os gostos em algum determinado tipo de entretenimento, tem uma grande variedade de representações, desde filmes, desenhos, quadrinho, jogos, cosplay e etc. Dessa forma é todo um universo, e dentro dele também existem discussões sérias a respeito de coisas que estão refletidas na nossa realidade, o que podem gerar paralelos e até ajudarmos a ver determinadas situações de outro ângulo. Pode ser tanto divertida e ter seriedade.
5. O que você mais gosta na Cultura Geek?
Resposta: A forma como ela é facilmente inserida no nosso cotidiano seja como entretenimento, ou com paralelos reais. A sua diversidade de âmbitos e representatividade.
6. Quais são seus animes, mangás e jogos favoritos?
Resposta: Nossa, são tantos kkkkk vou tentar dar uma resumida e alternar entre os animes e mangás…
Animes: Naruto, Fairy Tail, Noragami, Lovely Complex, Aoharaido, Elfen Lied, Vampire Knight, The Promised Neverland, Death Note, Mirai Nikki, WataMote… E devem ter outros que até esqueci, mas dois gêneros que são meus favoritos são Shonen e Shoujo, só de Shoujo eu teria uma lista enorme, mas coloquei os meus dois favoritos.
Mangás: Naruto, Fairy Tail, Noragami, Wotakoi, Pandora Hearts, Sailor Moon, Tokyo Ghoul, Rosário+Vampire, Witches, Another… E vou parar por aqui, toda hora aparece um favorito kkkkk
Jogos: Perfect World, LOL, Genshin Impact e Naruto Shippuden Storm 4.
7. Fale sobre um desafio ou conflito que você enfrentou no meio geek e no meio cosplay e como você lidou com isso.
Resposta: Foi mais um conflito interno meu mesmo, no início criei meio que uma paranoia na minha cabeça que talvez não devesse fazer cosplay sendo cadeirante, eu não sabia se ficaria “fiel e válido” as personagens, tinha medo do que iriam pensar, se achariam graça, se criticariam e etc. Acho que isso foi por na época eu não ter visto em nenhum lugar uma pessoa com deficiência fazendo e que me passasse essa representação, mas consegui superar isso, arrisquei e fui fazendo aos poucos a roupa de uma maneira que ficasse confortável em mim e fiel a personagem. O que me ajudou a lidar com isso foi que nos eventos que fui as pessoas foram super legais, reconheciam o cosplay, conversavam comigo, elogiavam e isso fez com que eu percebesse que eu não tinha que ter receio e deveria fazer o que me deixava feliz sem medo do que os demais poderiam pensar, por isso se eu puder ser uma figura de representatividade neste meio, como a que não tive no início eu faço meus cosplays com mais amor e dedicação ainda.
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