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Um pouco da Cultura Geek em Goiânia, Goiás

12 de setembro de 2020
Um pouco da Cultura Geek em Goiânia, Goiás

Hoje, falarei aqui um pouco sobre a Cultura Geek em Goiânia, capital do estado de Goiás. Como são os eventos? Quem é o público que frequenta os eventos? Quais as atividades favoritas?

Eu participo de eventos de anime e de eventos geek há cerca de 12 anos. Eu mesma ainda era pré-adolescente, e sempre me atentando principalmente aos jogos, aos cosplayers e aos anime-kê (karaokes, mas apenas com músicas-tema de animes). Eu também conheci algumas animações legais na época que tinha mais exibição de animes nos eventos, um exemplo é a animação da Princesa Mononoke, do Studio Ghibli.

Arte da animação Princesa Mononoke

Princesa Mononoke

Desses 12 anos participando dos eventos, acredito ter conhecido a maioria das produções de eventos de Goiânia  focadas em cultura geek, já conheci diversas pessoas, vários jogos… Aqui, citarei algumas das principais atividades dos eventos de anime e alguns dos cosplayers. Para quem conhece pouco da cultura geek: relaxa. No final do texto, também tem o significado de algumas expressões utilizadas durante a publicação.

Principais atividades nos eventos geek e eventos de anime

Se há algo que nunca pode faltar em qualquer evento de anime e qualquer evento geek: Apresentações e jogos. Esses eventos sempre tem apresentações e desfiles cosplay e, mais recente, foi adotado as apresentações de dança K-pop.

Na área de jogos, podemos ver de mais comum os jogos eletrônicos, card games, Arquearia e Batalha Medieval. Podem ocorrer campeonatos diversos na área de jogos. Lembro-me de quando eu mesma venci um campeonato do jogo eletrônico Bomberman, do videogame Super Nintendo. Eu e minha amiga também sempre vamos direto para a área de Batalha Medieval, que é uma brincadeira onde lutamos com espadas ou lanças.

Na fotografia, uma luta de batalha medieval em um dos eventos do SESC Geek. À esquerda, Caroline Pinheiro segurando espada e escudo. À direita, Kássia Nunes com duas adagas.

Na foto, Caroline Pinheiro e Kássia Nunes num dos jogos de Batalha Medieval. Foto em um dos eventos do SESC Geek, na edição do Setor Universitário.

Além dessas e outras atividades, sempre podemos ver lojas montando os seus stands de venda. Eu também sempre vejo alguns desenhistas e escritores fazendo seus stands de venda. Acredito ter sido em um evento da Mandrake Comic Shop que foi onde mais conheci esses autores e comprei alguns livros do jornalista e quadrinista Francisco Costa. Seus quadrinhos são de fantasia e achei muito legal! Também posso citar aqui o trabalho da Patrícia Karla ( Instagram: @paty.barbbie ou @anima_dance ), que faz festas e vende fantasias.

Para quem já é do público geek e otaku: quais os stands favoritos de vocês? Faltou alguma atividade que vocês gostam? Deixem nos comentários.

E para quem ainda não conhece os eventos, também comentem o que estão achando dessas atividades citadas aqui.

Cosplayers

Aqui, citarei alguns dos cosplayers que conheço e que quiseram participar dessa publicação. Lembrando que Goiânia tem muito mais cosplayers do que citado aqui: acredito que aqui não caberia nem metade dos cosplayers de Goiânia. Alguns desses cosplayers foram convidados pelos grupos de WhatsApp: Cosplay GO e Irmandade Cosplay.

Os cosplayers com quem tenho maior amizade são Victor Gabriel e Valquíria Vital. Victor Gabriel já foi citado aqui anteriormente, no post “4 Escritores da Nova Era“. Victor Gabriel é cosplayer e escritor de fanfics e eu o incentivo a publicar mais de suas histórias originais. Victor Gabriel é de Anápolis, e frequenta os eventos de Anápolis e de Goiânia. Quando eu o conheci, estávamos no evento do SESC Geek de 2017, e ele usando o cosplay do personagem Jack Sparrow. Valquíria Vital tem maior experiência no universo geek, tendo participado na organização de alguns eventos de anime e fazendo vários cosplays. Também é escritora de fanfics. Por sinal, amanhã (domingo, 13 de setembro), publicarei uma matéria especial que será a entrevista com a Valquíria Vital.

Victor Gabriel com o cosplay da Sailor Urano e Valquíria Vital com o cosplay de Kurama.

Victor Gabriel com o cosplay da Sailor Urano e Valquíria Vital com o cosplay de Kurama.

Um dos primeiros cosplayers que conheci foi o Cleiton Mendes. Seu principal cosplay é da Hatsune Miku, cantora que fazia parte de Vocaloid. Muitos de seus cosplays são de Vocaloid também. Para quem não conhece Vocaloid, são personagens de um programa de sintetizador de vozes. Vocaloid tem diversas músicas.

Instagram: @sonicgyn

Cleiton Mendes com o cosplay de Hatsune Miku

Cleiton Mendes com o cosplay de Hatsune Miku

A primeira vez que conversei com Cleiton Mendes, ele já falou de seu projeto: o Projeto Sakura, criado em 2007 e para o anime Card Captor Sakura. No Projeto Sakura, Cleiton posta os episódios de Card Captor Sakura e, às vezes, divulgava também as cosplayers que usavam os cosplays de Card Captor Sakura. Posteriormente, me falou do Projeto Otaku, criado em 2011. Com o Projeto Otaku, Cleiton faz diversas fotografias e coberturas de eventos.

 

Instagram do Projeto Otaku: https://instagram.com/projetootaku

Facebook do do Projeto Otaku: https://fb.com/projetootaku

Facebook Projeto Sakura: https://fb.com/projetosakura

Aproveitando a brecha pra colocar aqui uma música da Hatsune Miku, escolhida pelo próprio cosplayer Cleiton Mendes. Cleiton diz que a música World is Mine é mais famosa da Hatsune e que apareceu no Fantástico, e era até a primeira musica do seu primeiro show, mas não é a primeira música dela. Aproveitei para perguntar se não é como uma banda digital (a banda digital mais famosa é Gorillaz), e ele diz que é diferente, e que existe dezenas de Vocaloids e Vocaloid são vozes de um banco de dados e o programa Vocaloid sintetiza da forma que qualquer um que comprou o programa quiser.

 

 

Eu conheci a Cosplayer Maria Helena Pires nos eventos do Sesc Geek, por volta de 2017.

Seu Instagram é @helenacosplay e recomendo acompanharem o trabalho dela como cosplayer. Ela é, simplesmente, maravilhosa. Maria Helena também monta um stand de vendas em eventos do Sesc Geek em Goiânia, vendendo perucas e fantasias.

Maria Helena Pires também participou de uma matéria da Universo Japanese Music, com o seu cosplay de Eric Draven: Eric Draven: o legado de Brandon Lee e alguns cosplayers.

Thaiza Montine é professora de Química nas escolas de Goiânia. Embora seja uma cosplayer com quem tenho menos amizade, acho legal ver as fotos e vídeos dela em sala de aula, explicando a matéria e vestida com a roupa de algum personagem. Normalmente, são personagens relacionados à sua disciplina, como exemplo Eijira Kirishima, de Boku no Hero, que manipula materiais, ou então o alquimista Edward Elric, de Fullmetal Alchemist.

Eijira Kirishima, de Boku no Hero, para falar sobre Propriedades da Matéria (já que ele tem a capacidade de manipular tudo tipo de material)

Eijira Kirishima, de Boku no Hero, para falar sobre Propriedades da Matéria (já que ele tem a capacidade de manipular todo tipo de material)

 

Uma cosplayer maravilhosa e que tá ficando famosa nos eventos é a Grazielly Queiroz. Seu Instagram é: @grazy_bug. Sempre que é possível, Grazielly Queiroz faz apresentação cosplay nos eventos de anime e eventos Geek e, fora do universo cosplay, ela faz graduação em Enfermagem.

Grazielly Queiroz adora ver todas as lojas geeks nos eventos, participar dos Anime-Kês e assistir as apresentações de K-Pop.

Eliel Dragneel também é um dos cosplayers antigos dos eventos de Goiânia. Fez o cosplay de incontáveis personagens e junto a alguns outros cosplayers, Eliel Dragneel fez esses cosplays tanto em eventos quanto em trabalhos em ações solidárias. Seu Instagram é: @eliel_cosplay.

Eliel Dragneel também enviou algumas fotos de seu trabalho com Lowpoly e me explica, por WhatsApp, um pouco sobre seu hobbie de quarentena:

“No termo técnico basicamente e assim: Lowpoly é uma malha poligonal em computação gráfica 3d que possuí uma quantidade de polígonos relativamente pequena. O termo é bastante utilizado pelos desenvolvedores de jogos, jogadores e outros especialistas para descrever a diminuição de polígonos em um objeto ou personagem tri-dimensional gerado por um computador. ”

Eliel Dragneel mostrando um de seus Lowpoly

Eliel Dragneel mostrando um de seus Lowpoly

Eliel até montou um Instagram para seu hobbie, que também está virando uma nova forma de renda. O perfil é: @papecraft_anime.

“Para quem não sabe faço esculturas de papel. A essa arte é dado o nome de Papercraft, sendo um método de construção de objetos tridimensionais utilizando papéis coloridos ou não, com alta gramatura, sendo reforçado, impermeabilizado, pintado e envernizado, possuindo um alto teor de dificuldade, Outra modalidade é o Lowpoly onde eu crio lindos projetos em 3D, trabalhosos levando dias e as vezes até meses para montar um objeto. Um trabalho 100% artesanal, podendo ter projetos com mais de 1000 peças (todas recortadas à mão, vincadas, dobradas e coladas uma a uma). Os valores $ varia entre 100, 200, 300, ou 400 reais. Além de ser um trabalho árduo, complexo e difícil, a paciência é uma virtude que poucos têm, e para este trabalho é extremamente crucial. Os materiais não são barato e a mão de obra equilave a dificuldade

Por favor valoriza o trabalho artesanal, não samos máquinas, só usamos amor pra fazer o que gostamos.”

 

Card Games

Uma das principais atividades nos eventos de animes são os Card Games (jogos de cartas). Sempre há jogos como Pokémon e Yu-Gi-Oh, mas um jogo que está ficando mais famoso em Goiânia é Magic: the Gathering. Algumas lojas disputam muito o espaço nos eventos de anime, mas a loja que mais ganhou espaço foi a Bacon Arcano. O Ian, dono da Bacon Arcano, é aquele que tem maior paciência para ensinar os novatos em Magic, e também tem todo um grupo de Tutores para auxiliar em eventos.

Significado de algumas expressões usadas no texto

Animes se refere às animações criadas no Japão. Como a arte japonesa possui um estilo muito específico, diferente dos quadrinhos e animações ocidentais, deixou-se essa nomenclatura para referir as animações japonesas.

Mangás se referem aos quadrinhos criados no Japão.Como a arte japonesa possui um estilo muito específico, diferente dos quadrinhos e animações ocidentais, deixou-se essa nomenclatura para referir aos quadrinhos japoneses.

Geek é uma gíria inglesa que se refere a fãs de tecnologia, eletrônica, jogos eletrônicos ou de tabuleiro, histórias em quadrinhos, mangás, livros, filmes e séries.

Sobre nerds, pela Revista Jovem Geek:

“Pode-se dizer que a pessoa considerada Nerd é alguém que basicamente ama o mundo dos filmes de ficção científica, livros, jogos – como o xadrez, atividades voltadas para o meio acadêmico (como pesquisas, seminários) etc.” – Nerd vs Geek, por Lana Talita. Revista Jovem Geek – Edição 13.

Cosplay é a representação de personagem a caráter: você se veste como seus personagens favoritos, por hobbie ou para intuito profissional, e pode apresentar-se em eventos. O Cosplayer é a pessoa que trabalha com essa arte.

Otaku é uma palavra de origem japonesa, e aqui no Brasil é relacionada aos grandes fãs de animes e mangás.

Gamer também é uma palavra de origem estrangeira, e se relaciona aos grandes fãs de jogos. Normalmente, é a galera mais viciada em jogos eletrônicos, mas também serve para os viciados em RPG de mesa.

Referências:

Nerd vs Geek, por Lana Talita. Revista Jovem Geek – Edição 13.

Caroline Ishida Date

Sou arqueóloga e desde 2015 produzo de conteúdo digital voltado principalmente para o universo de fanfics e a cultura japonesa, uma das minhas suas paixões. No projeto Antes do Ponto Final escrevo sobre música e poesia brasileira, assuntos que gosto muito, sobre a cultura geek em Goiás e os artistas transformistas de Estado.

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