Divulgação
Já começou o XX Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, que este ano acontece na modalidade virtual devido à pandemia do novo coronavírus. Serão 30 dias de programação gratuita, com shows, oficinas, rodas de conversa, muita música e oração. De 25 de julho a 23 de agosto você pode acompanhar e participar da extensão programação por meio do site e do Canal do Youtube do Encontro.
A Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, instituição realizadora do Encontro de Culturas, acredita e reafirma a arte e a cultura como essenciais ao enfrentamento do cenário atual, que requer “multiplicação de ações que fortaleçam o desenvolvimento e a manutenção de trabalhos artísticos e dos trabalhadores da cultura no País” (texto do site oficial). Em 2020, o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros celebra 20 anos e “discutiremos arte, cultura, educação, saúde e desenvolvimento, pois acreditamos fielmente no compromisso com o Brasil que os artistas, fazedores de arte, produtores culturais, povos originários e comunidades tradicionais possuem”, afirmam os organizadores do evento.
Programação de Rodas de Prosa
27 DE JULHO
EU SOZINHO RIMO BEM, MAS COM VOCÊS RIMO MELHOR: cantando, encantando e construindo o Brasil
As rimas dos cirandeiros, cancioneiros e versos dos repentes são algumas das belezas de nosso povo. O Encontro de Culturas sempre recebeu muitos cantadores, poetas, repentistas e todo esse povo que faz das rimas discurso dos novos tempos. Nesta roda de prosa, vamos receber alguns desses artistas para discutir o Brasil e celebrar os 20 anos de Encontros.
Horário: 17h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa-eu-sozinho-rimo-bem-mas-com-voces-rimo-melhor__919964
Participam:
– Adiel Luna
– Mestre Bule-Bule
– Mestre Assis Calixto (Coco Raízes de Arcoverde)
– Lia de Itamaracá
– Severina Baracho
29 DE JULHO
LEI ALDIR BLANC : CULTURA EM PROSA
No Brasil, a pandemia do Covid-19 atingiu profundamente as comunidades tradicionais e povos originários. Sobretudo porque a realidade destes grupos, no que diz respeito a acesso à saúde, saneamento, educação e outras tantas questões, já não eram satisfatórias antes da pandemia. Com a crise sanitária que vivenciamos, o descaso do poder público em dar respostas eficientes a estes problemas acaba sendo fatal. Neste cenário também temos os artistas e artesãos indígenas que atuam com a arte e a cultura como atividades bases de sua economia, os foliões e tantos outros grupos de cultura popular. Como a Lei Aldir Blanc pode dar respostas às demandas destes grupos?
Horário: 17h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa-lei-de-emergencia-cultural__920055
Participam:
– Célio Turino (SP) – Historiador, escritor e gestor de políticas públicas. Idealizador dos Pontos de Cultura e semeador do Bem Viver
– Décio Coutinho (GO) – Gestor cultural especialista em gestão de projetos e comunidades em economia criativa e cidades criativas
– Adriano Baldy (GO) – Secretário de Cultura do Estado de Goiás
– Juliano Basso (GO) – Presidente da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge
– Juca Ferreira (SP)- Sociólogo, duas vezes Ministro da Cultura, ex-Secretário de Cultura de São Paulo e de Belo Horizonte. Duas vezes vereador e Secretário de Meio Ambiente em Salvador. Embaixador especial da Secretaria Geral Ibero-Americana.
03 DE AGOSTO
TRADIÇÃO, JUVENTUDES E EDUCAÇÃO: 20 anos de encontros em favor da manutenção dos saberes e da vida dos povos e comunidades originárias do Brasil
Uma educação diferenciada e de qualidade aos povos e comunidades tradicionais do Brasil é uma das pautas permanentes do Encontro de Culturas. Acreditamos que para a construção de uma sociedade mais justa e forte, é preciso reconhecer a sabedoria e as tecnologias sociais dos povos tradicionais na construção de uma escola que possibilite aos jovens das centenas de povos do Brasil, conquistarem, com igualdade de oportunidades, seus objetivos. Objetivos que podem ou não estarem ligados à educação formal e ao mercado de trabalho, mas sobretudo que a cultura e as tradições destes grupos sejam compreendidas como potência para o desenvolvimento do Brasil. Para isso é importante que tenhamos em mente a situação da juventude brasileira nos mais diversos aspectos em tempos de pandemia. Assim podemos pensar em caminhos que nos façam avançar na construção de uma sociedade antirracista e saudável.
Horário: 17h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa–tradicao-juventudes-e-educacao__919981
Participam:
– Chirley Pankará (Educadora, escritora e Co-Deputada do Psol em SP)
– Lúcia Alberta Baré (Mestre em Educação- AM)
– Douglas Belchior (Criador da UNEafro – SP)
– Elizeu Xumxum (Liderança do Quilombo Urbano do Capão – MT)
– Zica Pires (Liderança jovem do Quilombo de Santa Rosa dos Pretos – MA)
– Marcus Barão (Conselho Nacional de Juventude, Presidente do Fórum da Comunidade dos Países de Lígua Portuguesa)
– Indianara Guarani Kaiowá (Enfermeira e membro do Coletivo de Jovens Guarani Kaiowá)
– Tsitsina Xavante (Defensora de Direitos Humanos a Povos Indígenas, integra a iniciativa Voz das Mulheres Indígenas e é membra do Grupo Assessor da Sociedade Civil Brasil da ONU Mulheres)
05 DE AGOSTO
A CHAPADA DOS ENCONTROS: o pós pandemia, o desenvolvimento econômico da região junto ao turismo e a importância da preservação ambiental
Horário: 18h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa—a-chapada-dos-encontros__920002
Participam:
– Damião (Liderança jovem do Sítio Histórico Kalunga)
– Moisés Nunes (Secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Alto Paraíso de Goiás)
– Ivan Anjo Diniz (Chapada Solidária)
– Deputado Estadual Antônio Gomide
– Claudio da Silva Junior – Associação Cerrado de Pé
– Téia Avelino (Liderança da Vila de São Jorge)
– Luisaço (Coordenador Operacional da Reciclealto)
– Deputado Estadual Virmondes Cruvinel
10 DE AGOSTO
SAÚDE E BEM VIVER: Um plano emergencial de saúde para as comunidades tradicionais e originárias, o luto e a pandemia do Covid 19
Nos últimos meses, o avanço da pandemia atingiu pesadamente as aldeias indígenas, quilombos e territórios de uso tradicional, escancarando a ineficiência do sistema de saúde para estes povos, bem como o racismo institucional, que deixa o cenário ainda mais desastroso. Como construirmos juntos caminhos em favor destas comunidades?
Outro tema importante é o respeito aos ritos de luto dos povos indígenas e de terreiro que neste momento estão suspensos com a pandemia do COVID-19. Como isso, tem sido visto pelas comunidades tradicionais.
Horário: 17h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa—saude-e-bem-viver__920005
Participam:
– Ornaldo Kaxinawá- Médico no Dsei Leste de Roraima (RR)
– Fernando Schiavini (TO)
– Pollyana – Médica junto aos Guarani Kaiowá (SC)
12 DE AGOSTO
DIA NACIONAL DAS ARTES: Fortalecendo o comércio dos povos originários e o consumo dos produtos da sociobiodiversidade
Com a pandemia do COVID-19, a circulação dos artesãos, comerciantes tradicionais e tantos outros produtores do Brasil profundo foi suspensa. Isso afetou de maneira significativa a vida destes povos. Como construir alternativas nas redes para a manutenção da fruição dos produtos e da geração de renda.
Horário: 17h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa—-dia-nacional-das-artes__920020
Participam:
– Denilson Baniwa (Artista, curador, designer, ilustrador, comunicador e ativista dos direitos indígenas – SP)
– Décio Coutinho (GO) – Gestor cultural especialista em gestão de projetos e comunidades em economia criativa e cidades criativas
– Cleber Oliveira – Habitat Socioambiental (DF)
– Marcelo Rosenbaum (SP)
17 DE AGOSTO
DIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO: A cultura popular, seus mestres e a universidade nos 20 anos de Encontro de Culturas Tradicionais
A Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge acredita que o povo brasileiro possui mestres que são museus vivos e que merecem ser reconhecidos e valorizados em vida. Por este motivo, nestes 20 anos, sempre tratamos nossos convidados como uma rica fonte de saber.
É este sentimento que garantiu que o evento fosse reconhecido como o maior do país na discussão de políticas públicas em favor dos povos do Brasil e na valorização de suas festas, tradições e tecnologias sociais. Em 2010/2011, a Casa de Cultura obteve recursos do Programa Goyazes, do Governo do Estado de Goiás, para implementar o Projeto “Encontroteca”, um Museu Digital que reuniu o acervo dos 10 anos do Encontro de Culturas. Mais tarde, em 2014, com o apoio do edital Pontos de Memória, do Instituto Brasileiro de Museus, a instituição continuou o trabalho com o acervo produzido, além de ser reconhecido como ponto de memória brasileira. Em 2019, a Aldeia Multiétnica, um braço do Encontro de Culturas Tradicionais também foi reconhecida com o Edital de Dinamização de Espaços Culturais do FAC (Fundo de Arte de Cultura de Goiás), com o projeto “Aldeia Multiétnica: espaço de exposições permanente”.
Com a pandemia, temos perdido inúmeros mestres da cultura popular e estas sabedorias muitas vezes partem sem deixar registros para as gerações futuras. Isso tudo corrobora e reforça a nossa ideia de que precisamos cuidar das pessoas, as verdadeiras fontes de conhecimento e construção do saber. Para tanto, queremos construir com as universidades, os museus e o Estado os caminhos para que o saber destes povos seja acessado e valorizado.
Horário: 17h
Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos-roda-de-prosa—dia-do-patrimonio-historico__920029
Participam:
– Shirley Krenak (Jornalista e publicitária, atua na defesa dos direitos indígenas e dos rios sagrados contra a mineração. É escritora e coordenadora pedagógica de cursos de extensão voltada para a história indígena do Brasil, desenvolvido em parceria com Núcleo de Agroecologia da Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares) – (MG)
– Fernando Schiavini ( Indigenista e parceiro da Aldeia Multiétnica – TO)
– Solange Ferraz (Museu do Ipiranga-SP)
– Patrícia Sueza (Autora de livro sobre o Encontro)
– Augusto Almeida (UEG)
– Flávia Cruvinel (UFG)
– Geraldo Guarani m’Byá (RS)
– Lucilene dos Santos Rosa (Liderança do Sítio Histórico Kalunga, graduada em Turismo e pós graduada em história da cultura afro-brasileira)
Programação de Oficinas
1. Xambá das Yabás
Data: 28 de julho de 2020, 15h (1 hora de duração)
Vagas: 20 (inscrição via Sympla no link abaixo)
A oficina de “Cantos tradicionais da Xambá” é realizada com as yabás do Terreiro Xambá (Tia Nena, Tia Gogó, Tia Célia e Tia Raquel) em que celebram os 90 anos da comunidade. Cantos estes que revelarão a importância da culinária, como o mungunzá que foi alimento base de resistência no período em que a comunidade viveu às escondias, entre os anos de 1938 a 1950. Também as ervas religiosas utilizadas no cotidiano para curas e contatos com os mestres da Jurema e ancestrais. A oficina proporciona ao público conhecer a história de mulheres negras contemporâneas líderes, Yalorixás, como Mãe Biu e Mãe Tila da Xambá, e yabás como tia Laura e Tia Luiza, mulheres da Xambá que construíram suas histórias que colaboram com as lutas das mulheres quilombolas e de terreiros. Tudo isso também contará com bastante animação da dança do coco peculiar da comunidade Xambá.
2. Cantoras dos Rojões
Data: 30 de julho de 2020, 16h (1 hora de duração)
Vagas: 100 (inscrição via Sympla no link abaixo)
As mulheres Kariri Xocó ensinam cantigas tradicionais e a técnica de uso de voz utilizado nos rojões. A partir daí serão criados versos que ilustrarão os rojões.
3. Tião Carvalho
Data: 4 de agosto, às 15h (1 hora de duração)
Vagas: 100 (inscrição via Sympla no link abaixo)
O Mestre Tião Carvalho convida a todos para a vivência lúdica “A Roda Viva do Brincar”. Através da brincadeira, das cantigas e das danças populares, corpo e voz são usados como veículos de expressão e de consciência. A atividade pretende estimular o desenvolvimento físico, psíquico e emocional do indivíduo e do coletivo usando como instrumento de (auto)aprendizagem a cultura popular brasileira, e desta forma, fornecendo instrumentos e ferramentas para uma nova proposta educativa que inclua a cultura popular no processo de desenvolvimento do indivíduo (criança, adulto, idoso). A ideia é que os participantes possam se redescobrir levados por universo de movimentos e músicas das brincadeiras populares.
4. Odete Pilar
Data: 11 de agosto, às 15h (2 horas de duração)
Vagas: 100 (inscrição via Sympla no link abaixo)
https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos–oficina-de-coco-com-mestra-odete-de-pilar__919985
Odete de Pilar, no papel de mestra de coco de roda e ciranda, realiza uma oficina prática em que dá destaque ao som, ritmo, instrumentos e usos destes. Uma forma de preservar e valorizar esta importante manifestação, que além de valor e mérito artístico e musical inquestionável é um dos modos de resistência. Constituem assim elementos sagrados, herdados pelos ancestrais e que merecem ser difundidos.
5. Guerreira Virgília
Data: 13 de agosto, às 16h (1 hora de duração)
Vagas: 100 (inscrição via Sympla no link abaixo)
https://www.sympla.com.br/oficina-de-coco-paraibano-com-guerreira-virginia__920003
A oficina aborta os códigos, comportamentos, sotaques e memórias do coco paraibano. Vivenciaremos os instrumentos que aqui utilizamos, apresentando a vestimenta, os acessórios, as batidas, linguagens e as personalidades próprias que permeiam o imaginário da identidade dos coquistas do Estado. A facilitadora é Guerreira Virgínia Passos.
6. Ìdòwú Akínrúlí
Data: 16 de agosto, às 15h (1 hora de duração)
Vagas: 100 (inscrição via Sympla no link abaixo)
Na oficina de percussão tradicional da cultura yorùbá, Ìdòwú Akínrúlí apresenta e utiliza os instrumentos tradicionais (Gángan, Bàtá, Agogo, Ifá, Ẹwọ́ e Gúdúgdúdú.). A oficina trabalhará o contexto histórico de cada instrumento, origem e função deles dentro da cultura yorùbá. Além disso, serão apresentadas formas de toques e quando devem ser tocados.
7. Grupo Orí
Data: 18 de agosto, às 19h (3 horas de duraçã)
Vagas: 20 (inscrições via Sympla no link abaixo)
https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos–oficina-de-engomes-da-xamba-com-o-grupo-ori-pe__919919
A oficina de engomes da Xambá aborda o universo rítmico do candomblé (Xango Pernambucano) e dos toques para os orixás a partir deste instrumento. Conhecido popularmente como ilú, esse instrumento na nação xambá é chamado de engome e é a partir de suas variações rítmicas que a oficina se desenvolve. O objetivo é que o participante percorra a história da nação Xambá, uma das nações de candomblé mais antigas de Pernambuco, junto à experiência do toque no instrumento.
8. Coco Raízes do Arcoverde
Data: 20 de agosto, às 15h (1 hora de duração)
Vagas: 20 (inscrições via Sympla no link abaixo)
https://www.sympla.com.br/ectcv-20-anos–oficina-com-coco-raizes-de-arcoverde-pe__919883
O Coco Raízes de Arcoverde realiza uma oficina prática com a apresentação dos principais instrumentos utilizados pelo grupo. Irão demonstrar os toques básicos do surdo e do ganzá e ensinar os passos básicos do trupé, a dança percussiva dos tamancos tradicionais do Coco Raízes de Arcoverde
Programação de Shows: clique aqui
Informações: www.encontrodeculturas.com.br / www.encontroteca.com.br
Fonte: Site oficial do evento