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Cia Catavento começa o ano oferecendo formação ampliada para artistas de circo

15 de janeiro de 2021
Cia Catavento começa o ano oferecendo formação ampliada para artistas de circo

A primeira aula da terceira turma do Núcleo de Formação Ampliada para o Artista de Circo (NUFAAC), oferecido pela Cia Catavento, acontecerá no dia 18 de janeiro. A companhia circense goiana começa o ano oferecendo formação profissional de forma gratuita para onze artistas selecionados de diferentes regiões do país. O curso acontecerá na sede da Cia Catavento, em Goiânia, e terá duração de dez meses, com encontros diários de segunda a sexta-feira. Este é um projeto de manutenção que conta com apoio do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás.

O curso tem um total de 1200 horas de formação. Serão oferecidas 19 disciplinas em três grandes áreas: artes do circo, artes da cena e teóricas. Para isso, o curso conta com uma equipe composta de vinte professores e professoras especializadas. Alguns nomes que constam entre eles são Felipe Nicknig, especialista em acrobacias aéreas e Roman Fedin, da École Supérieure des Arts du Cirque, que ministrará intensivo em estágio de aéreos dinâmicos.

A formação oferece cursos voltados para a especialidade circense, como de acrobacias de solo e de parada de mãos. Também são oferecidas disciplinas sobre a história do circo, do corpo, elaboração de projetos culturais e de gestão. A criação também está no centro do curso, com disciplinas sobre pesquisa, dramaturgia, jogos do ator e introdução musical, por exemplo. A escolha desses temas passa pela necessidade de atender às demandas do artista de circo contemporâneo, que vive uma ampliação dos espaços de atuação, e que deve ser cada vez mais capaz de dialogar com outras artes. Para receber o certificado, o inscrito deverá ser aprovado em todas as disciplinas, apresentar projeto pessoal (que envolve criação e pesquisa) e ter frequência mínima de 75%. Fora do eixo

Esta será a terceira turma do NUFAAC, depois de exitosas experiências em 2017 e 2018. O diretor da companhia comenta sobre a importância de ter uma iniciativa de formação no centro do país que escapa do eixo Rio/São Paulo, além de ser um lugar central estratégico para atender diferentes regiões brasileiras. “A realização da primeira turma comprova a necessidade de um projeto de formação dessa magnitude, além de nos colocar em destaque nacional e internacional, agregando conhecimento, criatividade e visibilidade não só para a Catavento Companhia Circense, como também para todos os alunos que participaram do curso de formação”, compartilha.

Ele indica como alguns alunos que passaram por essa formação, acabaram selecionados em grandes escolas e companhias circenses como a Escola Nacional de Circo, e outros que participaram de processos seletivos importantes em grandes escolas fora do Brasil, como ESAC (École Supérieure des Arts du Cirque – Bélgica), INAC (Instituto Nacional de Artes do Circo – Portugal) e Cirko Vertigo (Itália). Além de oferecer oportunidades a esses jovens, diz Felipe Nicking, diretor e professor da Catavento Companhia Circense, os artistas goianos saem reconhecidos e com suas carreiras fortalecidas. “O NUFAAC pode ser entendido como uma busca por novas referências, experiências e pesquisas que, ao fortalecerem artistas que atuam em solo goiano contribuem significativamente para o desenvolvimento artístico e cultural de nossa região”, comenta Nicking.

Além do curso de formação, o projeto ainda oferece várias outras atividades. Os alunos do curso terão estágios com os professores Roman Fedin e Helder Vilela. O NUFAAC também abre as portas para outros estudantes e público em geral ao oferecer seminários de formação e cine-debates temáticos. Também haverá a mostra “Fora do Eixo”, oferecida ao público geral. O projeto chega aos alunos de escolas públicas oferecendo oficinas de iniciação circense. Essas oficinas também serão oferecidas para crianças e adolescentes com deficiência visual e auditiva.

 

Cia Catavento

A Catavento Companhia Circense se ocupa com o trabalho de investigação, formação, experimentação e criação orientadas pelas perguntas que compõem o atual cenário do artista de circo. Essas perguntas tangenciam questões estéticas e políticas e, por isso, a companhia se move pelos dilemas e desafios que atravessam nossos tempos, buscando significados, olhares e formas capazes de estabelecer comunicação e diálogo com o público. A companhia já realizou mais de 30 workshops de aéreos dinâmicos por todo o país, além de apresentar desde 2013, espetáculos de final de ano com alunos e alunas que passaram por formação. Entre os trabalhos da companhia, destaca-se a  1º Mostra Fora do Eixo, com 13 apresentações idealizadas pelos alunos formandos da primeira turma do NUFAAC, em 2018. O trabalho já rendeu um Troféu Buriti, concedido pelo Conselho Municipal de Cultura de Goiânia em 2018 e um Troféu Jaburu, pelo Conselho Estadual de Cultura e Casa Civil, em 2019.

Fonte: Assessoria de Imprensa/Cia. Catavento

Redação Antes do Ponto Final

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