Obra de Fernanda Pacca (Foto: Fernando Matos)
E de repente em 2020 o mundo parou. O isolamento forçado e a privação do espaço público cortaram como faca o setor cultural “o primeiro a fechar e o último a reabrir”. Medo, luto e incertezas. Por mais exitosas que as adaptações para o formato virtual tenham sido, o gosto amargo da falta de encontros e contato permaneceu como fel no circuito das artes plásticas.
Por isso, a noite dessa quinta-feira, 26 de maio, teve um sabor muito especial para quem curte e acompanha o cenário artístico em Goiânia, após todo esse período nebuloso a Feira de Artes Goiás (FARGO) reuniu nas galerias do Centro Cultural Oscar Niemeyer quem estava ávido por grandes eventos do ramo. E não decepcionou.
Todo o espaço reservado à Feira foi ocupado pelo que há de melhor na arte nacional e local. Entre as muitas obras a serem apreciadas, o público também irá descobrir algumas preciosidades que só o olhar apurado de quem vive e respira arte é capaz de captar.
São muitas as camadas a serem observadas, uma experiência que só é possível na presença e no encontro. Ver de perto sem pressa ou intermediações tecnológicas torna tudo mais prazeroso, pois, apenas assim, se consegue enxergar tramas, traços e técnicas que se conectam para dar corpo as obras expostas.
E entre Di Cavalcantis, Farneses de Andrade e Sirons Franco, também há campo fértil para o novo. A galeria da FAV, o Muquifo Cultural e o Rumos trazem ventos de renovação e frescor para o circuito e merecem especial atenção, assim como os 20 que participam do Prêmio Estímulo FARGO 22.
E se a arte se faz no encontro, e por ele, a FARGO é o cenário para essa conexão. Apenas se deixe levar pelas galerias. Esqueça o celular, a não ser que seja para encontrar o perfil de algum artista. E viva essa experiência de ter o seu corpo exposto ao que há de melhor no cenário da arte. Não há prazer melhor.
Arte-se!