Karolina Grabowska/Pexels.

Um lugar calmo, um dia nostálgico, em um ano difícil.

Para você, que se foi cedo demais,

Muitas pessoas podem não entender quando digo que sentirei sua falta e, até mesmo, saudade. Você e eu não tínhamos uma amizade intensa, não nos confidenciávamos, nem vivemos grandes aventuras. Você e eu não éramos o que a sociedade classificaria como best friends. Mas quem liga para classificações e rótulos? Eu te queria muito bem, e você a mim. Penso que isso bastava.

Conheci você por um amigo em comum, por sinal um de seus grandes amigos (e meu também). Já de início, senti uma energia boa, de alguém com um coração enorme, uma pessoa carismática, amável, inteligente, simpática. Na verdade me faltam palavras para descrever o que eu penso de você. Sei que você tinha muitos defeitos, dificuldades, obstáculos que, muitas vezes, só você mesmo sabia e guardava para si. Nada diferente de qualquer outra pessoas que tenha vindo a este planeta.

Os defeitinhos são o equilíbrio com as nossas qualidades, e as dificuldades da vida vêm para aprimorar nossa existência. Dizem que a gente vem para a Terra para aprender, mas eu acho que nós também ensinamos muito. Você ensinou muito sobre o amor, o calor de um abraço, a importância de um sorriso. Você aprendeu e ensinou que mesmo que alcancemos grandes distâncias, grandes voos, é importante sempre nos lembrarmos da nossa essência, origem, e com orgulho. Você ensinou e aprendeu muitas coisas que jamais caberiam em uma carta, mas quero dizer que levarei a lição que considero mais importante: amor.

Abraço, onde estiver.