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Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?

Descubra as teorias científicas e coincidências por trás do fenômeno dos sósias e como a análise do DNA de gêmeos idênticos e doppelgängers pode fornecer uma explicação para a semelhança física entre algumas pessoas

28 de janeiro de 2023
Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?

Quatro pares, incluídos no estudo, que apresentam semelhanças em seu DNA — Foto: FRANÇOIS BRUNELLE

Aparentemente, todo mundo tem um sósia em algum lugar do mundo. Mas por que isso acontece? Seria apenas uma grande coincidência ou há alguma explicação genética para isso?

Os sósias são aquelas pessoas que, por algum motivo, se parecem muito com outra pessoa. Eles podem ter a mesma aparência, a mesma voz ou até mesmo o mesmo jeito de andar.

Os cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre o assunto, mas algumas teorias apontam que a semelhança de algumas pessoas com outras pode ser explicada pelos padrões de herança genética. Outras teorias, no entanto, sugerem que a semelhança de algumas pessoas com outras pode ser apenas uma coincidência.

Por que existem tantas pessoas no mundo que parecem iguais?

A resposta para a pergunta no título é mais simples do que você imagina. Tudo se deve ao crescimento populacional desenfreado. Quanto mais pessoas há em um determinado lugar, mais provável é que duas pessoas se pareçam.

A verdade é que ainda não há uma explicação definitiva para o fenômeno dos sósias, mas isso não impede que as pessoas continuem buscando uma resposta para essa pergunta.

Katy Perry e Zooey Deschanel, Deborah Secco e Fernanda de Freitas, Margot Robbie e Emma Mackey… Você sabe o que todas essas celebridades têm em comum? Elas são incrivelmente parecidas! Elas compartilham muitas características físicas. É quase impossível diferenciá-las quando elas estão juntas!

Desprovido de parentesco, essas pessoas são unidas por uma semelhança física que chama a atenção. O fotógrafo canadense François Brunelle instigado pelo universo dos doppelgängers (em alemão, pessoas que são “gêmeas”, mas não têm nenhum tipo de parentesco), realizou um ensaio fotográfico, intitulado “Eu Não Sou um Sósia!”, em que fotografou essas pessoas semelhantes.

O projeto, que consiste na análise do DNA de gêmeos idênticos, viralizou nas redes sociais e chamou a atenção do Dr. Manel Esteller, pesquisador do Instituto de Pesquisas de Leucemia Josep Carreras, em Barcelona, na Espanha.

Dr. Esteller já estava estudando a composição do DNA de gêmeos idênticos quando o projeto chamou sua atenção nas redes sociais. O cientista decidiu ampliar seus horizontes e começou a estudar os doppelgängers para descobrir por que algumas pessoas, como dizem, têm a mesma forma. Eis que ele chegou a uma conclusão!

Um total de 32 pares de sósias fotografados anteriormente por Brunelle foram analisados. Dezesseis pares foram selecionados para a próxima fase de testes simplesmente porque tinham pontuações gerais semelhantes a gêmeos idênticos usando software de reconhecimento facial.

Em um artigo publicado pela revista Cell Reports, Esteller explica que o DNA desses doppelgängers foi analisado e que eles compartilham genes significativos, ou seja, “partes importantes do genoma, ou a sequência de DNA”, como explica o pesquisador.

“Hoje, existem tantas pessoas no mundo que o sistema está se repetindo”, explicou o cientista, que garante que existe um número limitado de maneiras de “fabricar” um rosto, por exemplo. Isto significa que, à medida que o número de pessoas aumenta, o número de combinações possíveis de rostos também aumenta, mas ainda assim há um limite.

Manel Esteller irá continuar suas pesquisas e espera que elas contribuam para a medicina e para o diagnóstico precoce de doenças no futuro. Ele acredita que pessoas com genes semelhantes podem compartilhar também propensões para determinadas enfermidades.

A chance de você ter um doppelgänger com um DNA semelhante ao seu é extremamente alta. Tudo é uma relação entre genética e crescimento populacional. As formas tendem a se repetir! (risos)

Stela Maris

Pesquisadora, observadora e contadora de histórias. Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Possui MBA Assessoria de Imprensa na Comunicação Digital. Gosta de escrever e de falar sobre jornalismo e mídias digitais! Entusiasta da comunicação, tecnologia, empreendedorismo, arte, design, criatividade e cultura. No projeto Antes do Ponto Final, escreve mensalmente sobre arte, cultura, dança, criatividade e outros temas que possam ser interessantes dentro desse universo.

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