Bye bye, 2023. Já entrei no processo de me despedir desse ano, uma despedida que começa sempre antes de dezembro. O ano, praticamente, já acabou. Nos supermercados e lojas, já vemos produtos e temas natalinos, esses dias mesmo comprei um panetone. E tudo isso me assusta um pouco, essa velocidade do mundo. Às vezes, eu só quero parar, respirar, e não pensar no que vem a seguir.
E pensando nesse ano, tomo nota do que aconteceu tão rapidamente de janeiro pra cá. Sofri luto pela despedida do meu cachorro tão querido, mudei de emprego, me arrisquei em alguns caminhos que não foram como imaginei. Sorri, chorei, sofri, amei, vivi. Viajei, dormi muito, e também perdi o sono. Fiz festa, vi amigos e me isolei. Entre altos e baixos, cá estou girando na roda da vida. Essa roda que nos surpreende a cada movimento, feito uma roda gigante: parece sem graça, mas é contínua em seu movimento.
E, agora, meados de outubro, penso já no balanço do ano. Os últimos meses de 2023 ainda têm muito a nos dizer, a acontecer, e numa esquina podemos ser surpreendidos. Mas tenho esperança de tirar aqueles planos do papel, dessa vez revisitados. Lembro daquela canção da Elis, que eu ouvia na minha adolescência: “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Acho que, no fundo, por mais que o tempo passe, ainda somos os mesmos e, talvez por isso, aqueles sonhos engavetados ainda façam um certo sentido. Cabe a nós, nesse fim de ano, olhar para eles com carinho e tirá-los daquele papel amarelado e cheio de poeira