A fluidez do mar, a fronteira entre a matéria e o nada, tudo nos encanta. Nada, no entanto, iguala a maestria sobre a fluidez do mar o que ela nos ensina sobre a vida. Ensina que há coisas vindo em intensidades diversas, já outras em medida única. A onda do mar tem graduações. Há a onda que cega, há a onda que deslumbra e há a onda suave que revela apenas vultos e silhuetas.
O vento que sopra no mar cria ondas, que quebram quando entram em águas rasas. O vento também faz um mergulho nas casas, nos rios, nas matas, nas crenças e nas antigas sabedorias. Muitas vezes, ao começar a puxar uma linha do novelo, uma trama maior se visualiza, e a partir daí vem a vontade de montá-lo, tudo isso para que o mundo também tenha conhecimento.
Muitas vezes, em conversas ao redor do café, em esbarrões nos corredores ou no almoço surgem ideias valiosas que podem mudar o curso dos acontecimentos. No entanto, às vezes, mergulhamos no trabalho que esquecemos de reservar um tempo para brincar com os filhos, amar, comer, falar e ler… Quando corremos, não ouvimos o cantar dos pássaros, o riso de uma criança, nem sentimos o perfume das flores.
O tempo voa
Qualquer um que já tenha ido e voltado de qualquer lugar sabe que a volta é sempre mais rápida. O tempo passa devagar quando saímos; no caminho de volta, ele voa. Talvez isso aconteça porque na ida estamos cheios de expectativas, ansiosos, pensando se o nosso destino é agradável ou não. No caminho ou na estrada notamos detalhes e refletimos sobre o que vemos. E, como reunimos e registramos muita informação num espaço de tempo determinado, parece que ele é enorme.
Esta é uma forma de o cérebro marcar a duração do tempo: através da quantidade de memória gerada – se muitas memórias forem gravadas, sentiremos que o tempo foi longo; se houver poucos registros, a sensação é de que foi curto.
Na volta, por outro lado, o caminho não é mais novo, a expectativa passou e deu lugar à satisfação (ou frustração), não há nenhuma vontade de chegar muito rápido no destino. Desconectados do ambiente ao redor, mal percebemos essa estrada e, de repente, voltamos. Existem poucas memórias no mesmo período — então, parece que o tempo, voou. A vida é um pouco assim: a partir de certa idade, tudo é novo, tudo é expectativa e possibilidade.
Qualquer pessoa que convive com crianças sabe que fazem sempre as perguntas primeiro, prestam atenção aos detalhes e se lembram dos detalhes. Os eventos se acumulam a uma taxa de dezenas ou centenas de eventos por minuto, fazendo com que esses períodos pareçam muito longos. Com o passar dos anos, reduzimos nossas expectativas.
Estamos tão acostumados a isso, que vamos deixando de prestar atenção aos detalhes. Há poucas memórias novas a cada semana, apenas algumas por mês, não muitas por ano. Como são poucos os registros, o tempo parece curto.
É quando o tempo, começou a ficar cada vez mais rápido. De repente, os filhos cresceram. O neto cresceu. De repente, sente que a vida parece mais curta. Infelizmente, em geral, apenas quando a vida se torna longa é que você percebe como ela é curta.
No entanto, há um movimento que nos desafia a reagir à correria do dia a dia, tentando desacelerar e olhar ao redor. Quando temos a sorte de perceber que isso está acontecendo, podemos trabalhar duro para reverter o processo antes que seja tarde demais. Então, prestamos atenção novamente.
O tempo está se esgotando! Pense nestas maneiras de mudar seu TEMPO. Vá e aproveite os momentos. Observe-os, ignorando completamente o TEMPO e aprenda a lição. “A sabedoria é o poder de colocar nosso tempo e conhecimento em uso adequado.” – Thomas J. Watson. Tempo é o seu maior ativo. Use a seu favor esta semana. Aproveite ao máximo o TEMPO. Não importa o quão curta, a vida parece ser. O TEMPO voa.
“Não recebemos uma vida breve, mas a fazemos; dela não somos carentes, mas pródigos”.
“Mesmo que vivêssemos mil anos, ainda nos queixaríamos de falta de tempo”.
– Sêneca
