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Na piscina de julgamentos

A vida do outro é algo que ele deve lidar. As pessoas deveriam saber disso toda vez que querem inventar histórias ou espalhar as confissões que ouviram do outro.

27 de agosto de 2020
Na piscina de julgamentos

Era só mais um dia desses quentes que a gente fica na piscina pra refrescar. Aquele monte de gente em volta julgando um homem perdido de si e tentando tirar dele a pouca humanidade que lhe restava. Não há compaixão no julgamento. Todos estão com a sentença pronta!

– Fofoca mata, mata quem fala e espalha, mata quem está tendo a vida espalhada da forma que querem.
Ela advogou um pouco a causa dele nesse dia, mas percebeu que não valia a pena, esse tipo de mente está presa no pior que pode expressar sobre o outro.

Alguns julgamentos se misturam na vontade louca de saber mais informações da vida do outro, como se precisassem de mais provas no processo para baterem o martelo. A sentença é certa e enxuta: Já está condenado por ser quem se é e por viver como se vive.

Como se a esses “juízes” coubesse tal escolha, ou de fato soubessem o que é certo ou bom de fato pro outro.

Foi assim que se passou a tarde e que o sol se pôs. E as luzes passaram a dançar na água. Vermelha, azul, verde. A cabeça dela viajou, foi colocar sentimento nas cores enquanto suas mãos dançavam em baixo da água fazendo ondas, bolhas e trazendo vida.

Foi vermelho – frio, azul – quente e o verde – esperança, cada um num ritmo, de calma de vida, de vibração, de mudança de frequência do que está externo a ela.

A vida do outro é algo que ele deve lidar. As pessoas deveriam saber disso toda vez que querem inventar histórias ou espalhar as confissões que ouviram do outro.

Deixa a vida dele pra lá, cuida da sua!

A vida dela é dela, então ela dança com as mãos e sente na pele cada sensação das cores:
Vermelho – frio, azul – quente e o verde – esperança, cada um num ritmo de calma de vida, de vibração, de mudança de frequência do que está externo a ela, do que de fato é dela, do que não a pertence e do que não deve falar nem ouvir.

Nesse dia não puderam bater o martelo.

Sem exposições das confissões dele. Cessou-se por fim o assunto.

Não haverá condenações ali, ela fez a defesa!

Nesse dia mudou-se a frequência no ritmo que ela mesma seguiu com as cores: Vermelho – frio, azul – quente e o verde – esperança, cada um num ritmo de acalmar as vidas e endireitar sentidos para que vejam a si e deixem os outros serem quem quiserem ser.

Stella Agazio

Advogada, Escritora, Empresária, Professora. Mas nada disso me define! Sou uma curiosa na vivencia cotidiana, aprendendo todo dia a caminhar.

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