Imagem de skalekar1992 por Pixabay
Com as recomendações de isolamento social em função da pandemia do novo coronavírus (o tal COVID-19), o mundo precisou parar, literalmente, como há muito tempo não parava. E a ameaça do vírus nos fez ficar em casa, conviver apenas com quem moramos ou com a gente mesmo. Cancelamos eventos, paramos de abraçar e pegar na mão das pessoas. Saímos às ruas quando é muito necessário e acompanhamos o mundo pela janela do quarto e pelos meios de comunicação.
Nesses tempos sentimos o quanto atitudes “simples”, como ir ao cinema ou conversar à toa com os amigos em um lugar qualquer, podem ser mais valorizadas no nosso dia a dia. Quantas vezes nos beijamos de forma mecânica? Quantas relações não têm mais o vigor de antes? Agora, esse distanciamento necessário dá ao mundo uma chance de rever nossas próprias relações com quem está próximo de nós e com a sociedade, de forma geral. Percebemos o real poder de andar em liberdade, de amar as pessoas no seu melhor e no seu pior, e do que se torna prioridade para nós.
A pandemia será controlada e solucionada, e espero que isso aconteça o quanto antes. Apesar de nos pegar totalmente desprevenidos, ela nos motiva a ter uma consciência coletiva, seja nas nossas relações com quem gostamos como também nas com quem não conhecemos. Ainda sinto que há muito o que aprender com esse episódio recente da humanidade e sei que, dentre os aprendizados, é preciso que a gente mesmo consiga gerar e parir novos seres humanos dentro de nós mesmos com mais empatia, humanidade, coletividade.
Para ler mais textos de Olhares baixe gratuitamente meu e-book aqui. Ele é uma compilação de crônicas do site entre 2010 e 2019.